Precisamos falar sobre sexo na Terceira Idade

Falar abertamente sobre sexo na terceira idade pode ajudar a quebrar tabus e reduzir o estigma associado à sexualidade na velhice. Isso pode promover uma cultura de aceitação e respeito pelos direitos sexuais dos idosos.

A sexualidade na terceira idade é frequentemente cercada por tabus e preconceitos, tanto na sociedade como entre os próprios profissionais da saúde. Essa negligência à sexualidade do idoso pode levar a diversos problemas, como:

  • Dificuldades na comunicação: Idosos podem ter receio de abordar o tema com seus médicos, por vergonha ou constrangimento.
  • Falta de informação: Desinformação sobre as mudanças sexuais relacionadas à idade pode levar a expectativas irreais e frustrações.
  • Automedicação: A falta de orientação adequada pode levar o uso inadequado de medicamentos para disfunções sexuais, com potenciais riscos à saúde.
  • Disfunções sexuais não tratadas: Disfunções sexuais podem ser ignoradas ou erroneamente atribuídas ao envelhecimento, quando na verdade podem ser tratadas com sucesso.

Ao debaterem o tema abertamente, os profissionais de saúde podem:

  • Promover a educação sexual: Esclarecer dúvidas e fornecer informações precisas sobre a sexualidade na terceira idade.
  • Combater o estigma: Demonstrar que a sexualidade é um aspecto natural e saudável da vida em todas as idades.
  • Melhorar a comunicação médico-paciente: Criar um ambiente de confiança e respeito, onde os idosos se sintam confortáveis para falar sobre suas necessidades sexuais.
  1. Compreendendo as Mudanças Sexuais com a Idade:

O processo de envelhecimento pode trazer diversas mudanças físicas e emocionais que impactam a vida sexual do indivíduo. Entre elas, podemos citar:

  • Alterações hormonais: Redução dos níveis de testosterona e estrogênio podem afetar o desejo sexual, a lubrificação vaginal e a ereção.
  • Doenças crônicas: Diabetes, hipertensão e doenças cardíacas podem influenciar a capacidade sexual.
  • Cirurgias: Cirurgias de próstata, por exemplo, podem causar disfunção erétil.
  • Efeitos colaterais de medicamentos: Alguns medicamentos podem ter efeitos colaterais que afetam a sexualidade.
  • Alterações psicológicas: Depressão, ansiedade e baixa autoestima podem influenciar o desejo sexual.

Ao se aprofundarem no tema, os profissionais de saúde podem:

  • Compreender as diferentes formas de expressão da sexualidade: A sexualidade vai além do coito, e pode ser expressa através de carícias, intimidade, afeto e comunicação.
  • Identificar e tratar disfunções sexuais: Diagnosticar e tratar de forma eficaz as disfunções sexuais que podem afetar os idosos.
  • Orientar sobre sexo seguro: Esclarecer sobre as medidas de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
  • Aconselhar sobre adaptação às mudanças: Auxiliar os idosos a se adaptarem às mudanças físicas e emocionais relacionadas à idade e a encontrarem formas de manter uma vida sexual satisfatória.

3. Necessidade de Capacitação e Atualização:

Para abordar a sexualidade na terceira idade de forma eficaz, os profissionais de saúde precisam de:

Capacitação específica: Treinamentos e cursos que abordem os aspectos físicos, psicológicos e sociais da sexualidade na terceira idade.

Atualização constante: Acompanhamento de pesquisas e estudos sobre o tema para garantir que seus conhecimentos estejam sempre atualizados.

Sensibilidade e empatia: Habilidade para abordar o tema com respeito, acolhimento e sem julgamentos.

Ao investir na capacitação dos profissionais de saúde, podemos garantir a prestação de um serviço de saúde integral e humanizado para os idosos, contribuindo para o seu envelhecimento saudável e pleno. Nosso curso de Sexologia Multidisciplinar vai muito além do coito e aborda diversos temas pertinentes a atuais, que vão de sexualidade egodistônica até aspectos éticos e legais na sexologia.

Leia também: Por que investir em um curso de Sexologia Multidisciplinar?

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